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A busca por uma sociedade ideal sempre esteve no imaginário humano, mas será que o direito tem a capacidade de tornar essa utopia real? Thomas More, em sua obra Utopia, descreveu uma sociedade perfeita onde a lei era mínima, pois a moral coletiva prevalecia. Já Karl Marx, em sua crítica ao direito burguês, enxergava o sistema jurídico como uma ferramenta para perpetuar desigualdades, distante do ideal utópico.
Na prática, a história mostra tentativas de usar o direito para transformar a sociedade. O New Deal, nos Estados Unidos, buscou reconstruir a economia e garantir direitos sociais durante a Grande Depressão. Os movimentos de direitos civis foram além, utilizando leis para combater a segregação racial. No entanto, cada uma dessas iniciativas também revelou os limites do sistema jurídico: as leis dependem de interpretações humanas e enfrentam resistências culturais e políticas.
Ao mesmo tempo, o direito é uma das poucas ferramentas que temos para institucionalizar avanços sociais. Ele pode não ser perfeito, mas frequentemente é o primeiro passo rumo a mudanças estruturais. A grande questão é se ele consegue superar as limitações impostas pela desigualdade e pelas imperfeições humanas.
Refletimos: O direito é capaz de realizar utopias ou será sempre refém das contradições e falhas da própria sociedade que busca regular?