O conceito de contrato social, popularizado por pensadores como Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, é a ideia de que os indivíduos abrem mão de parte de sua liberdade em favor de um Estado que garanta direitos e segurança. Esse acordo implícito serve como a base da convivência em sociedade. Mas será que, no mundo contemporâneo, esse "contrato" ainda está sendo cumprido?
Hobbes acreditava que o Estado é necessário para evitar o caos de uma "guerra de todos contra todos". Locke, por outro lado, argumentava que o contrato deveria proteger os direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade. Já Rousseau enfatizava que o acordo deveria refletir a vontade geral, promovendo o bem comum.
Entretanto, ao observarmos as desigualdades sociais, os altos índices de corrupção e a violência em muitos países, podemos nos perguntar se o Estado está realmente cumprindo sua parte no contrato. Muitas vezes, o cidadão sente que contribui através de impostos, obedece às leis e segue suas obrigações, mas não recebe em troca os direitos que lhe foram prometidos, como educação de qualidade, segurança e acesso à justiça.
Por outro lado, é importante questionar até que ponto os indivíduos também cumprem seu papel no contrato social. O descumprimento de leis, a falta de participação cidadã e o desinteresse político também contribuem para o enfraquecimento desse pacto coletivo.
Refletimos: Se o contrato social é a base da convivência, até que ponto podemos exigir mudanças quando uma das partes não cumpre o acordado? O contrato social precisa ser revisitado ou estamos vivendo em um estado de exceção disfarçado?